11 abril 2012

450 POSTOS DE TRABALHO DESAPARECERAM DA IMPRENSA ENTRE 2006 E 2010

Perto de meio milhar de postos de trabalho desapareceu dos principais grupos de imprensa entre 2006 e 2010, conclui um estudo do Fórum de Jornalistas. O número representa um corte de 14% nos quadros destes grupos.

Porém, o panorama do sector da comunicação social é actualmente ainda mais complicado: as contas deste estudo não incluem, por exemplo, as reduções efectuadas no ano passado no grupo RTP e que roçaram as duas centenas – mas que o operador público, em virtude do seu plano de reestruturação, quer alargar a 300 trabalhadores –, ou o processo de rescisões amigáveis aberto pelo Expresso, nem os processos anunciados já este ano como os de rescisões amigáveis em títulos como o Diário Económico, Sol, i, Focus.

De acordo com o estudo, o sector dos media cortou, em quatro anos, 500 efectivos aos seus quadros, sendo só a imprensa responsável pela redução por 452 postos de trabalho – eram 7700 em 2006, passaram a 7200 em 2010. Este corte permitiu que a evolução da receita anual por trabalhador tenha subido na imprensa de 125 mil euros em 2006 para 132 mil euros em 2010. Estes números referem-se, porém, aos trabalhadores efectivos. Mas o sector também "rejeitou" muitos colaboradores a recibos verdes, que não é possível contabilizar oficialmente.

Os sectores mais debilitados são a imprensa e a rádio. Na imprensa, perderam-se 35 milhões de euros em publicidade neste período e apenas a Impresa e a Cofina (generalistas) e o sector da imprensa desportiva (Bola, Edisport e Jogo) conseguiram apresentar resultados positivos. Na rádio, Renascença, Media Capital e TSF apresentaram prejuízos em 2006 e 2010, mas o total subiu de cinco para 9,5 milhões de euros negativos.

Notícia na íntegra e foto no Público.



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