29 março 2012

LIVRO ¡OCUPEMOS EL MUNDO!

Este livro, que conta com a participação de activistas dos movimentos de precários FERVE e Precários Inflexíveis, foi publicado no Estado Espanhol e trata das mobilizações globais a que assistimos e participamos no último ano. De Barcelona ao Cairo, de Lisboa a Oakland, do movimento Occupy à praça Sintagma, do 12 de Março ao 15 de Outubro, milhões de pessoas juntaram-se contra a precariedade, o ataque austeritário e a ditadura dos mercados. Que dinâmicas foram estas? O que ficou desse processo de mobilização? que alianças podem tecer estes movimentos? Que teoria temos para enfrentar esta nova fase? São estas e outras questões de que se ocupa este livro. 



En 2011, se ha dado una exten­sión imparable de las luchas populares que han alumbrado un nuevo “ciclo rebelde global”, en el que hemos sido, de algún modo, un huelguista por­turario de Oakland, una estudiante griega okupando su facultad, un islandés cacerola en mano frente a un banco, una activista egipcia enfrentando a Mubarak y a la Junta Militar, un precario portugués organizándose contra el miedo y la inseguridad. 

La “dictadura de los mercados” ha sido ese elemento necesario para re­co­nocernos en el “otro”. Somos la misma cosa: el mismo objeto de explotación. Pero también somos el mismo sujeto, el mismo cuerpo capaz de negar lo existente como inevitable: Es por eso que hemos apren­dido juntos y juntas a vencer el miedo individual para encontrar la fuerza en lo colectivo y ocupar el espacio público. Cada práctica de resistencia está siendo un estímulo. Se difunden y se readaptan a contextos apa­ren­temente desconectados y lo ha­cen para trasladar, casi cada día, el cen­tro del movimiento de un escenario a otro: hoy Egipto, mañana alguna ciudad de EEUU, pasado Atenas o Moscú. El mes siguiente un nuevo país. Este libro recoge y analiza este crisol de experiencias con escritos de autores de todo el mundo.


Barcelona, Madrid, Atenas, Túnez, El Cairo, Lisboa, Islandia, Oakland, Wall Street, Londres, Moscú, Tel Aviv...
Esto solo ha sido el principio, no hay vuelta de hoja.

"Se nos dice que [...] la única manera de salvarnos en estos tiempos difíciles es empobrecer más a los pobres y enriquecer más a los ricos. ¿Qué deberían hacer los pobres? ¿Qué pueden hacer?" Slavoj Žižek

Autores:
Joseba Fernández, Carlos Sevilla, Miguel Urbán, Eric Toussaint, Sandra Ezquerra, Andrés Antebi, Jose Sánchez, Colectivo Madrilonia, Guillermo Zapata, Josep Maria Antentas, Esther Vivas, Cinzia Arruzza, Víctor Sampedro, Santiago Alba Rico, Panagiotis Sotiris, Diego Crenzel, Sergio Yahni, Adriano Campos, Marco Marques, Daniel Alcalde y Slavoj Žižek.




Editora Icaria.



26 março 2012

I ASSEMBLEIA MAYDAY PORTO


O MayDay é uma parada que congrega trabalhadores/as precários/as, percorrendo um percurso autónomo após o qual integra a marcha do 1º de Maio da CGTP. Em Portugal, o MayDay realizou-se pela primeira vez, em 2007, em Lisboa. No Porto, iniciámos a parada MayDay em 2009.

No dia 26 de Março, às 21h30, realiza-se a primeira assembleia preparatória do MayDay, às 21h30, no Café Aviz (Rua de Aviz, Porto)




VEM E TRAZ UM/A AMIGO/A TAMBÉM!

Em 2012, vamos novamente sair à rua porque acreditamos num futuro digno para todas/os e não aceitamos que nos condenem à precariedade, ao desemprego e à emigração forçada!

25 março 2012

UM SNS PRECÁRIO?


As arremetidas contra o SNS movidas pelos sucessivos governos, por via do aumento das taxas moderadoras e da entrega a uma gestão privada de tal modo incompetente que, há não muito tempo, certo hospital quase teve de deixar de fazer cirurgias por falta de compressas, são complementadas com a precarização dos profissionais de saúde, designadamente dos médicos.

Um médico de clínica geral foi, em Maio de 2011, contratado para o Centro de Saúde de Fernão Magalhães - Extensão Adémia, em Coimbra. Diga-se de passagem que esse Centro de Saúde, que serve uma população de quase três mil pessoas, estava, até então, inteiramente desprovido de clínicos gerais. O suprir desta necessidade, flagrantemente ignorada, veio a ser feito de um modo duplamente errado:

- em primeiro lugar, ao referido médico foram confiados todos os 2800 doentes que acorrem ao centro de saúde supracitado, no que constitui a imposição de quase 200% do número máximo de pacientes que um médico de clínica geral e familiar pode ter a seu cargo, de acordo com a regulamentação legal do exercício da actividade médica no serviço público;
- em segundo lugar, neste lugar para o qual é manifesta a necessidade a título permanente de um profissional, e que, portanto, demanda por definição a produção de um contrato de trabalho, o médico foi, todavia, colocado com o estatuto de avençado, até 31 de Dezembro de 2011.

Com o ano novo, por algum motivo se inferiu na Administração Regional de Saúde (ARS) que a sanidade física ia ser coisa inexpugnável entre a população servida por esse Centro de Saúde.

Lastimavelmente, tal informação há-de ter sido deficientemente transmitida às populações, que se sentiram temerosas pela sua saúde e foram ao ponto de exigir a reintegração do referido médico!

Porque a luta é o caminho e só dela resultam as vitórias, a população utente do Centro de Saúde de Fernão Magalhães - Extensão Adémia insurgiu-se contra a demissão do seu médico, vergando a ARS e impondo-lhe a sua readmissão. Contudo, foi essa uma vitória incompleta: é que o regime contratual obtido em Fevereiro do ano corrente foi, novamente, a avença, e uma vez mais com término estabelecido para 31 de Dezembro de 2012.

A ARS brinca com a saúde de quase três mil pessoas!
O médico aufere 1190 euros de salário líquido mensal. A tabela salarial dos médicos de clínica geral demonstra que mesmo no escalão mais baixo o rendimento líquido não pode ser ser inferior a 1390,47 euros/mês. Não tem direito a férias e, porque nenhum dos contratos foi por período de tempo igual ou superior a um ano, tampouco tem direito a subsídio de desemprego.
Como escreve, acertadamente, a Ordem dos Médicos: «o Ministério da Saúde está a discriminar negativamente os jovens Médicos portugueses e a empurrá-los consciente e determinadamente para a emigração».

A precariedade espalha-se invadindo todos os domínios profissionais, impondo-se mesmo à saúde pública, mesmo aos direitos mais fundamentais e imprescritíveis.
A luta contra a precariedade no SNS não é apenas a já de si justíssima e vital acção popular em nome do trabalho condigno, do trabalho com direitos, do trabalho sem opressão.
É a luta sobretudo pela dignificação de uma estrutura de protecção social sem a qual a própria vida dos cidadãos está em cheque. Um SNS precário nos contratos que celebra é um SNS precário no serviço que fornece. E essa é uma situação inadmissível.

24 março 2012

AÇÃO DO MAYDAY LISBOA



O MayDay Lisboa saiu hoje à rua, dinamizando uma ação sobre o convite do governo à emigraçao.

1 de Maio, saímos à rua, pelo nosso futuro e pelo direito a vivermos a nossa vida com dignidade onde quisermos. Não aceitamos a chantagem da emigração. Este país é de todas/os que cá queiram estar!

15 março 2012

FERVE E PRECÁRIOS INFLEXÍVEIS COMENTAM LEI HOJE PUBLICADA


Os movimentos contra os falsos recibos verdes, FERVE e Precários Inflexíveis, consideram que a legislação publicada, esta quinta-feira, sobre os subsídios de desemprego para os trabalhadores independentes é "um insulto" e pedem mais fiscalização.

"É um verdadeiro insulto. É gozar com as pessoas, dizer-lhes que têm que viver com a precariedade e ainda têm que aceitar que se façam leis a fingir que as vão abranger, quando nós sabemos que com as regras como elas estão previstas muito poucas pessoas terão acesso a estes subsídios", disse à Lusa Tiago Gillot, dos Precários Inflexíveis. Para o membro do movimento, ainda que algum destes trabalhadores independentes tenha acesso às prestações, "será com valores muito baixos".

Segundo Tiago Gillot, este documento "desmente ainda muitos meses de propaganda" e adia uma vez mais a resolução de uma "fraude social" de grande dimensão que é o facto de termos milhares de trabalhadores sem direito ao mais básico que é o ter um contrato social.

Também Adriano Campos, do movimento FERVE - Fartas/os d'Estes Recibos Verdes, considera que o diploma é uma "desilusão para muitos milhares trabalhadores que estão à porta do despedimento".

"O Governo optou por juntar no mesmo modelo verdadeiros trabalhadores independentes, que não terão acesso ao subsídio de desemprego porque fazem o seu serviço a diversas entidades e os falsos recibos verdes, que no fundo são aqueles que vão receber porque são aqueles que efetuam descontos a 80 por cento ou mais para a mesma entidade", refere.

Notícia na íntegra no JN

09 março 2012

DENÚNCIA - CALL CENTRE OPERADO PELA REDWARE

Venho desta forma denunciar o que se está a passar no call center de Évora da Fidelidade Mundial e Império Bonança.

O que se passa é o seguinte, existe uma empresa de recursos humanos chamada Rh mais que geria o call center e que de todas as que por lá passaram o seu trabalho era positivo. Entretanto o contrato deles com o grupo caixa seguros chegou ao fim e houve um concurso onde uma empresa do grupo Reditus chamada Redware veio a ganhar e todos passamos a trabalhar para essa mesma empresa.

As alterações fizeram-se sentir muito rapidamente pois os vencimento e contratos mantiveram-se mas ao nivel dos premios de produçao houve logo alterações, fazendo com que todos começassem a ganhar um pouco menos. Ou seja, foram colocados objectivos para podermos atingir e assim recebermos o respectivo prémio, mas o problema é quem faz as escutas e nos dá a avaliação fazer de tudo para que o menor numero de pessoas consiga atingir esses objectivos e assim não receber o respectivo prémio.

Após a entrada de um novo decreto lei em vigor, onde que fizer menos de 5 horas de trabalho diário não têm direito a receber o subsidio de alimentação, quando até aqui o recebia em proporção pelas horas de trabalho que efectuava. O que aconteceu após a entrada em vigor deste decreto lei, foi ver a redware a contratar novos assistentes e a fazer-lhe um destes novos contratos "fantásticos" onde o funcionarios vão levar para casa cerca de 200 € por mês.... E neste caso grande parte de alguns funcionários viram e ainda irão ver a sua carga horária reduzida, pois muitos passam de 6 horas para 4 horas, ora se as pessoas fazem 6 horas ou 8 horas é porque necessitam desse vencimento no final do mês!

No passado dia 24.02.2012 um grupo de funcionários é chamado a uma sala onde lhes é informado que irão ser despedidos, sendo o motivo a necessidade de reduzir pessoal. A grande maioria destas pessoas encontravam-se a trabalhar naquele call center desde a sua abertura há mais de 5 anos e a grande maioria tem mais de 35 anos o que nos dias de hoje é um dos grandes problemas para arranjar novo emprego.

Como é obvio estes despedimentos só fazem sentido na brilhante cabeça dos mentecaptos que se encontram a dirigir o call center, pois entraram novos funcionarios recentemente para várias equipas, portanto foram contratadas pessoas mas é necessário reduzir pessoal!!!!! Em que é que ficamos???

O objectivo é apenas um, ou seja despedir as pessoas que têm contratos antigos e contratar novos funcionários a ganhar 200 € por mês onde nem sequer lhe é dada a oportunidade de uma aumento de caga horária onde lhes seja permitido receber um vencimento maior, pois assim a Redware é vista como uma empresa que dá emprego a muita gente, mas em condições miseraveis...

E neste caso a Fidelidade Mundial e o grupo caixa seguros também têm culpa desta situação pois quanto menos os funcionários receberem mais lucro o grupo têm. Chega a ser vergonhoso, pois esta companhia é a maior do pais mas a que têm os seguros mais caros, e a que mais mal trabalha, pois os processos de sinistro arrastam-se demasiado tempo porque existe muita gente espalha por gabinetes, agências, etc.. e que nada fazem, o que faz com que as reclamações da parte dos clientes sejam cada vez mais.

E ainda há a parte da pressão a que estamos submetidos, e sempre que tentamos dizer algo que não está correcto e que não concordamos, é nos dita a celebre frase, " se não estás satisfeito podes ir-te embora" mas ao que parece estes Srs. estão a antecipar esta situação....


O que as empresas Reditus e Redware estão a fazer é horrível....

08 março 2012

REUNIÃO ABERTA DO FERVE :: 11 de Março

21:30, sede do SOS Racismo Porto - Rua do Almada n.º254 - (Toca à campainha)

<a href="http://www.grapheine.com/ensba-f7.html" title="illustrations publicité">agence communication</a>

Nem Bollywood resiste a esta convocatória!

04 março 2012

Empresa chantageia trabalhadores a assinar recibos do subsídio de natal sem os pagar.



Segundo uma denúncia recebida pelo FERVE já encaminhada para a Autoridade das Condições do Trabalho, a empresa J Moreira da Silva e Filhos (grupo JSM), localizada no Distrito do Porto, chantageou todos seus trabalhadores no último mês de Dezembro a assinar os recibos de subsídio de natal sob pena de serem despedidos se o recusassem. Nenhum desses trabalhadores viu até hoje um cêntimo desses subsídios. O corte nos subsídios levado a cabo pelo Governo abre as portas ao abuso dos patrões e representa um ataque directo aos salários e aos direitos dos trabalhadores.

01 março 2012

AS FALSAS AJUDAS À IMIGRAÇÃO


Com o Governo a convidar os jovens a sair do país não admira que surja quem queira “ajudar”. O FERVE recebeu uma denúncia sobre esta agência de colocação de trabalhadores portugueses em Londres. A promessa de um salário mínimo e de apoio na burocracia correspondem ao adiantamento, por parte dos trabalhadores, de 575€, isso sem que a agência divulgue a informação quanto ao emprego e função desempenhada. A este valor os candidatos devem ainda acrescer 20 € pelas aulas de inglês e 835 € pelo alojamento de 2 semanas.