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12 julho 2011

RESUMO DA REUNIÃO INTERNACIONAL DE 10 DE JULHO



Mais de 130 activistas, de sete nacionalidades diferentes, estiveram na reunião internacional organizada pelo movimento ‘Democracia Verdadeira, JÁ’, este domingo na livraria ‘Ler Devagar’, em Alcântara.

Espanha respondeu à chamada através das acampadas de Salamanca, Barcelona, Mérida e Badajoz. Da Grécia viajaram quatro activistas da praça Syntagma. A Bélgica trouxe a Lisboa representantes das acampadas de Bruxelas e de Namur. Do Reino Unido esteve presente a acampada de Brighton. Gunnar Sigurdsson, convidado a partilhar a experiência do seu país que se recusou a pagar a dívida imposta pelo FMI, representou o ‘Open Civic Forum of Iceland’. E a francesa Stéphanie Jacquemont falou pela Comissão da Anulação da Dívida do Terceiro Mundo. Por Portugal falaram os elementos das acampadas de Aveiro, Lisboa e Coimbra, bem como os movimentos Attac Portugal, Uncut, Precários Inflexíveis, M12M e 15M.

Unidos pelo estado actual do sistema político os activistas discutiram as principais linhas orientadoras que conduzem ao fortalecimento de uma democracia que hoje consideram ser falsa, deram conta de algumas das estratégias de mobilização e protestos na Europa, debateram os planos de austeridade da dívida e da auditoria e exploraram novas formas de participação democrática. Este encontro que durou várias horas suscitou ainda a necessidade urgente de criar uma plataforma internacional para trocar informações, e agir no quadro europeu.

Para 15 de Outubro ficou agendada a vontade de levar a cabo uma mobilização internacional que levará à rua os milhares de pessoas descontentes com os sistemas político e económico.

Assembleia Popular de 16 de Julho
No próximo sábado dia 16 de Julho, às 19h, terá lugar uma nova Assembleia Popular aberta com o tema ‘Formas de acção a adoptar nos próximos meses’.

09 julho 2011

É JÁ ESTE DOMINGO, EM LISBOA!


ENCONTRO INTERNACIONAL
DEMOCRACIA VERDADEIRA E PLANOS DE AUSTERIDADE

Lisboa – Livraria Ler Devagar – Lx Factory –

10 de Julho 2011 às 14h30


I Parte
Retrato da Situação Europeia
Prioridades, Estratégias de mobilização e protesto


15h Introdução
15h05 Gunnar Sigurdsson (Open Civic Forum of Iceland)
15h25 Grécia (Comissão Internacional Praça Syntagma Athenas - Alex Theodorakis, Stella Papadaki, Labros Moustakis)
15h45 Espanha* (Acampada Barcelona – 2 oradores;
Salamanca – Catarina Santos, Andres Marcos e Atila Garcia)
16h05 Bélgica (Acampada Bruxelas – Ben Borges)
16h25 Inglaterra (Acampada Brighton – Tamara)
16h45 Portugal: Acampadas de Aveiro, Coimbra, Faro e Lisboa*
*Ainda por confirmar Acampadas de Badajoz e Madrid e Porto

17h30 Pausa

II Parte
Dívida, Auditoria e Planos de Austeridade
Novas formas de participação democrática

17h45 Stephanie Jaquemont (representante do secretariado internacional do CADTM)
18h20 Gunnar Sigurdsson (Open Civic Forum of Iceland)
18h40 Grupos e movimentos portugueses: ATTAC, UNCUT, Precários Inflexíveis, M12M, 15M/DVJ, 19M/DVJ
19h35 Debate aberto


Nota: cada intervenção conta com 5 minutos extra para colocação de questões.

Caso seja possível tecnicamente, o evento terá ainda a participação via streaming de companheir@s da Praças Syntagma (Atenas), catalães e franceses em Paris e da Assembleia de Tenerife nas Ilhas Canárias.

05 julho 2011

REUNIÃO INTERNACIONAL


O movimento Democracia Verdadeira Já, surgido aquando da Acampada de Lisboa, promove uma reunião internacional no dia 10 de Julho, às 14h30, na Lx Factory, em Lisboa.

No passado dia 22 de Junho, o Grupo de Trabalho Inter-Nacional da Acampada do Rossio foi contactado por companheiros islandeses que se mostraram disponíveis e interessados em realizar uma reunião de trabalho em Lisboa, com membros dos diversos movimentos de protesto existentes em Portugal. Reuniões como esta estão já a ser realizadas em outros pontos da Europa.

O propósito deste pedido de reunião pode ser sintetizado da seguinte forma:
«It is our wish to form some kind of collaboration with you to distribute and exchange information and thus making a foundation for a base, capable of bringing into action our mutual wishes of a transformed system.

We believe we can change the world one step at a time, and we believe we can make those steps a little bit bigger, by joining forces.»

Acresce ainda que do ponto vista da articulação e mútuo conhecimento do trabalho, propostas e acções de todos os grupos de cidadãos indignados que se espalham por diversos movimentos, esta será uma oportunidade para realizarmos um balanço e uma plataforma internacional comum de debate e discussão.

Estão também previstas as participações de companheiros gregos e espanhóis que têm vindo a aderir a esta proposta. Não se trata de qualquer comitiva representativa deste ou daquele movimento mas de companheiros que estão a desenvolver trabalho semelhante ao do nosso grupo em diversos locais da Europa.


«Isto é só o início!»

Grupo Inter-Nacional – Acampada Rossio – Lisboa
internacional.lisboa@gmail.com
Evento no Facebook aqui


20 junho 2011

ACTIVISTAS DETIDOS NO ROSSIO FORAM ABSOLVIDOS


Esta tarde, o Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa decidiu absolver os dois arguidos, detidos na sequência da repressão policial, no passado dia 4 de Junho, no Rossio. Os activistas estavam acusados pelos crimes de injúrias e resistência à autoridade além de coacção sobre funcionário no exercício das suas funções. Todos os factos apresentados pela acusação foram dados como não provados.

No passado dia 4, o movimento 'Democracia Verdadeira Já' havia agendado uma Assembleia Popular aberta de reflexão sobre o sistema democrático quando a abordagem da polícia municipal precipitou a acção da equipa de intervenção rápida da PSP. A acção policial resultou na destruição de uma exposição de fotografia e apreendidas tendas, um gerador e equipamento de som utilizado desde o dia 20 de Maio, na Praça do Rossio.


O material continua apreendido à ordem de um processo contra-ordenacional que corre termos na polícia municipal.

Estão a ser reunidos todos os elementos a fim de que seja apresentada uma queixa-crime decorrente da repressão policial que o movimento 'Democracia Verdadeira Já' repudia veementemente e qualifica-a de injustificada e desproporcional.



19 junho 2011

19 JUNHO::MANIFESTAÇÃO INTERNACIONAL




Hoje, 19 de Junho, irá realizar-se uma manifestação internacional por uma DEMOCRACIA VERDADEIRA JÁ.

Em Lisboa, a concentração é às 16h00 no Cinema S. Jorge, na Avenida da Liberdade, rumo ao Rossio, onde decorrerá uma Assembleia Popular às 19h00.

Este é um protesto que junta todas as gerações e vários países.
Não aceitamos a deterioração da democracia e das nossas vidas.

15 junho 2011

CONCENTRAÇÃO NO CAMPUS DA JUSTIÇA::16 JUNHO::14H30

Esta quinta-feira, 16 de Junho, às 14h30, dois dos três detidos na repressão sobre a Assembleia Popular do Rossio vão a julgamento. Os 2 companheiros acusados não estão sozinhos. Qualquer um de nós podia estar no seu lugar, e vamos estar mesmo! Somos todos vítimas da despropositada intervenção policial no dia 4 de Junho na Praça do Rossio!




Não aceitamos que nos roubem a liberdade!
Indignados e consternados, reuniremos novamente no Campus da Justiça dando um sinal claro de cumprimento da lei e do exercício da democracia. Os abusos de dia 4 de Junho são demasiado graves para ficarem impunes.

Constituição da República Portuguesa, Direito de Reunião (nº 1 do artº 45º):
“Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.”

A comparência de todos é um acto de solidariedade fundamental principalmente porque estas duas pessoas estão a ser julgadas por terem defendido direitos, liberdades e garantias que a todos dizem respeito. Vem juntar a tua indignação à nossa! Estamos todos juntos e exigimos justiça!

Quinta-feira, 16 de Junho, às 14h30
Tribunal de Pequena Instância Criminal: Campus da Justiça (Parque das Nações), Bloco F.

Via Acampada de Lisboa

12 junho 2011

COMUNICADO: SOLIDARIEDADE COM AS ASSEMBLEIAS POPULARES "DEMOCRACIA VERDADEIRA, JÁ!"



As organizações da sociedade civil portuguesa representadas neste comunicado expressam o seu repúdio veemente à acção policial do dia 4 de Junho, na praça do Rossio, contra os participantes na Assembleia Popular "Democracia Verdadeira Já".

Exprimem, ainda, profunda consternação com a demonstração da ignorância dos agentes policiais a respeito de direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa, em particular o Direito de Reunião (nº 1 do artº 45º): "Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização." Tratou-se de um duplo atentado à ordem democrática e à integridade da comunidade de cidadãs e cidadãos.

Acresce, a tudo isto, a gravidade do dia da acção policial; no dia anterior ao exercício de um dos direitos cívicos conquistados com Abril, qualquer acção repressiva ganha uma dimensão simbólica adicional. O grupo profissional dos agentes policiais deve reflectir, em conjunto, acerca das razões que têm levado, nos últimos tempos, a uma escalada de violência que prenuncia novos e intensificados actos de violência.

Os acontecimentos de Setúbal, do Rossio e do Bairro 6 de Maio demonstram que é necessário repudiar toda a repressão policial, criticar as suas origens e é necessário questionar todas as instituições envolvidas na tomada de decisões que resulta em actos de violência e repressão policial, incluindo o Ministério da Administração Interna, as divisões relevantes da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana, além dos departamentos da Polícia Municipal. Embora os actos ocorridos a 4 de Junho se refiram à Polícia Municipal de Lisboa (cujos agentes pertencem aos quadros da PSP), este comunicado visa expressar um repúdio generalizado a todo e qualquer acto de repressão policial cujas razões não sejam justificáveis à luz do ordenamento jurídico relevante.

Assinalando a relevância dos objectivos destas Assembleias, em particular o de intervir efectivamente em todos os processos da vida política, social e económica, organizações signatárias manifestam a sua total solidariedade com a referida Assembleia Popular.

As organizações/movimentos subscritores:



Associação Comunidária


Attac- Portugal


CMA-J, Colectivo de Solidariedade Mumia Abu-Jamal


Colectivo Revista Rubra


Comité de Solidariedade com a Palestina


FERVE - Fartas/os d'Estes Recibos Verdes


GAIA


Marcha Mundial das Mulheres - Portugal


Movimento 12 de Março


Panteras Rosa


Portugal Uncut


Precários Inflexíveis


projecto casaviva - porto


Solidariedade Imigrante - Associação para a defesa dos direitos dos imigrantes


SOS-Racismo


UMAR



Fotografia: http://acampadalisboa.wordpress.com/

08 junho 2011

LISBOA::19 Junho::Manifestação Internacional

O movimento Democracia Verdadeira Já! de Lisboa (Portugal), depois de 12 dias de acampamento no Rossio e várias assembleias, reuniões e acções nos dias seguintes, continua o trabalho dos vários grupos criados e decidiu realizar duas Assembleias Populares semanais: uma aos sábados no Rossio e outra num outro dia da semana em diferentes bairros.

Até ao dia 19 de Junho, dia de em que as acampadas de todo o mundo se manifestarão, estão marcadas as seguintes acções:


11 de Junho, sábado, no Rossio

17h – Grupos de trabalho e de debate

19h – Assembleia Popular


12 de Junho, domingo, no Rossio

18h – Acção «Deita-te no Rossio», convocada pelo grupo Mobilização Directa

[evento no Facebook]


19 de Junho, domingo

Manifestação Internacional

16h – Concentração no Cinema São Jorge para descermos até ao Rossio

19h – Assembleia Popular no Rossio

[evento no Facebook]

Apelamos a que toda a gente se junte a estas iniciativas e que passe a palavra por boca, por mail, por telefone, pelas redes sociaispor panfletos, cartazes, blogues e jornais


É agora! Pelo mundo inteiro as pessoas estão a sair à rua para dar voz à sua indignação.
Querem lutar pelos seus sonhos, construir o presente e o futuro com as suas próprias mãos.


Democracia Verdadeira Já!
www.acampadalisboa.net


Comunicado do movimento 'Democracia Verdadeira, Já!'

04 junho 2011

INTERVENÇÃO POLICIAL NA ASSEMBLEIA POPULAR DO ROSSIO


Vídeo: Precários Inflexíveis



Hoje, o grupo de cidadãos “Democracia Verdadeira Já” tinha convocado para o dia de reflexão, uma Assembleia Popular no Rossio, bem como a continuidade dos seus grupos de trabalho.


Às 15h30, cerca de 30 pessoas estavam reunidas calmamente na praça. Dois agentes da Polícia Municipal chegaram. Sem nada que o justificasse, um agente pediu a indentificação de um cidadão que perguntou à policia qual era o motivo para estar a ser identificado. Os presentes aproximaram-se e começaram a filmar e a fotografiar a situação.


Poucos minutos depois chegou o corpo de intervenção da PSP que algemou, agrediu indiscriminadamente, e deteve três pessoas. Foi uma operação policial violenta, desproporcional e despropositada.


A maioria dos agentes da PSP não estava identificada, recusou identificar-se, e perante os presentes tiveram ainda várias atitudes de provocação e de intimidação, recorrendo ao insulto e à força física.


Todo o material que se encontrava no Rossio foi apreendido, nomeadamente o material eléctrico, o gerador, e as colunas de som que iam servir para realizar a Assembleia Popular, sob a acusação de que estávamos a fazer “uma ocupação ilegal do espaço público”, o que não corresponde a nenhuma violação da lei. Pelos factos comprovados, suspeitamos que esta operação teve como única intenção impedir a actividade do movimento e que terá sido premeditada.


Ficamos sem saber quem ordenou a intervenção, sendo que entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Polícia de Segurança Pública, alguém terá que assumir as suas responsabilidades. Para além da intervenção da Polícia Municipal, cuja responsabilidade recai sobre a CML, há ainda a acção da polícia de intervenção.


Dois dos indivíduos foram constituídos arguidos e libertados sob termo de identidade e residência depois de notificados para julgamento sumário a ocorrer nos Juízos de Pequena Instância Criminal, na segunda-feira, dia 6 de Junho. O auto de ocorrência não havia ainda sido lavrado no momento de libertação. As detenções foram efectuadas pela Polícia Municipal, sem flagrante delito, estravasando as competências legais.


Horas depois os três companheiros foram libertados e dois deles serão presentes a tribunal na próxima segunda-feira, 6 de Junho, às 10h00. Foi aprovada por unanimidade a proposta de mobilização geral de solidariedade para com os companheiros que irão a julgamento no Campus da Justiça no Parque das Nações. Está convocada uma conferência de imprensa para o mesmo dia, às 12h, no local.


O Movimento decidiu continuar com as Assembleias Populares, todos os Sábados, bem como levar esta iniciativa aos bairros populares da cidade de Lisboa.

27 maio 2011

ACAMPADA::1º MANIFESTO DO ROSSIO


Os manifestantes, reunidos na Praça do Rossio, conscientes de que esta é uma acção em marcha e de resistência, acordaram declarar o seguinte:

Nós, cidadãos e cidadãs, mulheres e homens, trabalhadores, trabalhadoras, migrantes, estudantes, pessoas desempregadas, reformadas, unidas pela indignação perante a situação política e social sufocante que nos recusamos a aceitar como inevitável, ocupámos as nossas ruas. Juntamo-nos assim àqueles que pelo mundo fora lutam hoje pelos seus direitos frente à opressão constante do sistema económico-financeiro vigente.

De Reiquiavique ao Cairo, de Wisconsin a Madrid, uma onda popular varre o mundo. Sobre ela, o silêncio e a desinformação da comunicação social, que não questiona as injustiças permanentes em todos os países, mas apenas proclama serem inevitáveis a austeridade, o fim dos direitos, o funeral da democracia.

A democracia real não existirá enquanto o mundo for gerido por uma ditadura financeira. O resgate assinado nas nossas costas com o FMI e UE sequestrou a democracia e as nossas vidas. Nos países em que intervém por todo o mundo, o FMI leva a quedas brutais da esperança média de vida. O FMI mata! Só podemos rejeitá-lo. Rejeitamos que nos cortem salários, pensões e apoios, enquanto os culpados desta crise são poupados e recapitalizados. Porque é que temos de escolher viver entre desemprego e precariedade? Porque é que nos querem tirar os serviços públicos, roubando-nos, através de privatizações, aquilo que pagámos a vida toda? Respondemos que não. Defendemos a retirada do plano da troika. A exemplo de outros países pelo mundo fora, como a Islândia, não aceitaremos hipotecar o presente e o futuro por uma dívida que não é nossa.

Recusamos aceitar o roubo de horizontes para o nosso futuro. Pretendemos assumir o controlo das nossas vidas e intervir efectivamente em todos os processos da vida política, social e económica. Estamos a fazê-lo, hoje, nas assembleias populares reunidas. Apelamos a todas as pessoas que se juntem, nas ruas, nas praças, em cada esquina, sob a sombra de cada estátua, para que, unidas e unidos, possamos mudar de vez as regras viciadas deste jogo.
Isto é só o início. As ruas são nossas.


Fotografia: http://acampadalisboa.wordpress.com