Recebemos um contacto de um pai indignado com a 'proposta' de trabalho que foi efectuada à filha. Aqui fica:
"Peço a divulgação duma proposta de trabalho apresentada pela revista BLITZ à minha filha que tem licenciatura em comunicação social e mestrado.
O Blitz tem uma proposta de trabalho para jornalista , o vencimento é ZERO euros nos primeiros 3 meses, sem qualquer pagamento e se o pasquim gostar do trabalho renova por mais 3 meses com o vencimento de ZERO euros, sem qualquer pagamento.
Estamos assim em plena ESCRAVATURA no século XXI! Pensando bem, é pior anda no pasquim porque na escravatura ainda dão comida e instalações."
COMUNICADO DO BLITZ (06-04-2010)
Informamos que este post não corresponde à realidade e que rejeitamos liminarmente a afirmação em causa. Para além de pagarmos atempadamente a todos os nossos trabalhadores e colaboradores pelo trabalho que produzem para a nossa revista, nunca propusemos contrato de trabalho ou de prestação de serviços que não fosse remunerado. Apesar de não conseguirmos encontrar uma explicação para as graves e infundadas afirmações divulgadas no blog FERVE, é possível que o “pai indignado” em causa tenha confundido prestações laborais (que são pagas) com estágios curriculares (que não são pagos). De facto, a Blitz acolhe estagiários ao abrigo de protocolos assinados com universidades públicas (como a Faculdade de Ciências Sócias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) que passam entre três a seis meses na redacção da revista. Estes estágios curriculares, normais em qualquer órgão de informação, estão legalmente enquadrados e regulados através de um Regulamento de Estágios interno. Quando fazemos o primeiro contacto telefónico, para saber se realmente o candidato tem interesse em estagiar, informamos-lhe as condições do mesmo (3 a 6 meses) e que não são remunerados. Nunca, em nenhuma entrevista de estágio, foi dada a indicação que o estagiário iria estagiar três meses e, caso o trabalho fosse do agrado da revista, trabalharia outros três meses sem receber, nem que haveria continuidade após o período de estágio.
Direcção de Recursos Humanos da BLITZ
Impresa Publishing
RESPOSTA DA PESSOA QUE EFECTUOU A DENÚNCIA (11/04/2010)
Depois de ler a resposta do Blitz, que agradeço, ponho a hipótese desta situação partir dum erro, quiçá de algum estagiário que neste momento "enriquece" curricularmente no departamento de RH do Blitz.
É que a minha familiar JÁ TEM estágio feito há uns anos como se pode ler no currículo que enviou ao Blitz e no entanto foi convocada para uma entrevista de trabalho, ou estágio, ou escravatura, ou o que preferirem chamar a esta coisa de horário laboral a tempo inteiro sem qualquer remuneração.
Entretanto alguém me chamou a atenção para o seguinte: "por acaso no outro dia tive oportunidade de folhear o Blitz e achei estranho a grande maioria dos artigos ser assinado pela mesma pessoa. Se calhar essas propostas de emprego são um sinal de que a revista não está muito bem."