31 maio 2011

ETT DECLARA INSOLVÊNCIA - CONCENTRAÇÃO DE TRABALHADORES


O FERVE sabe que hoje, 31 de Maio, irá decorrer uma concentração de trabalhadoras/es da New Time, em frente às instalações desta Empresa de Trabalho Temporário (ETT), em Lisboa (Avenida Fontes Pereira de Melo, 3).

Há uma semana, foi conhecida uma investigação do Ministério Público revelando que 17 ETT's teriam lesado o Estado em 15 milhões de euros. A New Time é uma das empresas envolvidas neste processo. Ontem, 30 de Maio, a New Time declarou insolvência.

As/Os trabalhadoras/es irão concentrar-se em frente às instalações, reivindicando os seus direitos perante esta situação: são centenas as/os trabalhadoras/es efectivos e temporários que se encontram sem salários e sem saber quando irão receber. Refira-se que, cerca de 100 destas/es trabalhadoras/es prestam serviços ao Grupo PT.

A New Time terá garantido na semana passada que todos os vencimentos assegurados, no entanto ontem, 30 de Maio, as informações foram contraditórias, tendo a New Time referido que não haveria mais pagamentos, incluindo subsídios de férias, Natal e prémios de objectivos.

O FERVE está solidário com a luta destas/es trabalhadoras/es e apelamos, mais uma vez, à revisão da utilização das ETT's, empresas que subalugam mão-de-obra, desresponsabilizando as entidades contratantes (como a PT, no caso em análise) das suas responsabilidades para com as/os trabalhadoras/es.

Refira-se o trabalho temporário é um dos pontos previstos na Iniciativa Legislativa de Cidadãos que está em período de recolha de assinaturas e que, além do FERVE, tem como promotores os Precários Inflexíveis, os Intermitentes do Espectáculo, os organizadores/as da manifestação de 12 de Março no Porto e o movimento M12M.

4 comentários:

Rui Cruz disse...

Estarei presente por solidariedade. Não quero que amanhã me aconteça o mesmo com a minha ETT

Rui

Anónimo disse...

Então não sabem que a Lusocede declarou insolvência e que o seu administrador devedor na altura ficou com domicílio na Av.António Augusto de Aguiar 3ºc onde actualmente é a morada da Newtime. Ou anda metade do país a brincar com outro ou está tudo louco para permitirem estas situações.

Português disse...

As assim denominadas "empresas de trabalho temporário", com os seus regimes de outsourcing e outras pragas, não passam de parasitas que roubam de um lado a empresa cliente, ou seja, aqueles que realmente trabalham para fazer ou criar algo ou que providenciam um serviço real à população; e do outro o trabalhador, que vê o seu trabalho explorado e manipulado por estes "intermediários" desnecessários à equação, tendo que dividir com eles o fruto do seu trabalho ao invés de o receber na íntegra na sua conta bancária.

E o trabalhador, esse, bem pode passar dez anos da sua vida a trabalhar no mesmo sítio e a fazer exactamente o mesmo para a mesma exacta empresa "cliente", seja ela a PT (que tem as suas próprias culpas no cartório) ou outra, mas a ser mudado de contrato e de empresa de trabalho temporário a cada 6 meses, pelo que nunca será um colaborador efectivo e nunca terá direito às regalias contratuais previstas por lei para essa condição, nem receberá o estado os dividendos respectivos.

Trata-se de um fenómeno gerado pelos buracos na legislação do trabalho, pela corrupção e pela (até este momento) ausência de acção do governo para combater este género de abusos. Sofre o povo e sofrem os cofres do estado, mas quem realmente sofre no final á o próprio trabalhador, a única e verdadeira vítima deste processo, geralmente tratando-se de pessoas jovens e relativamente inocentes para questões destas, fáceis de manipular e integrar nestes esquemas montados por meia dúzia de empresariozecos espertalhões.

Os meus parabéns por esta acção do governo para limpar este lixo, que por cá há muito (espero que fechem igualmente as outras 16 ETTs indiciadas no processo), e os meus votos para a criação de condições para dar emprego REAL (e não temporário ou outsourcing, portanto) a quem dele precisa, pois "emprego" não são contratos de 6 meses renováveis sem condições mínimas de trabalho, sem respeito e sem consideração pelo trabalhador, sem passagem ao estatuto de efectivo, sem acréscimos de regalias ao longo do tempo e sem FUTURO.

Boa limpeza !

Anónimo disse...

Como podem dizer que a New Time declarou insolvencia???Ja comprovaram junto dos tribunais???entao nao podem dar estas noticias,a situaçao e muito pior enquanto a empresa nao declarar insolvencia os trabalhadores mantemse a trabalhar sem receber