18 maio 2009

Recibos Verdes aumentam 53%

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o número de trabalhadoras/es a recibos verdes aumentou 53% durante a actual legislatura, atingindo o valor mais elevado dos últimos dez anos!


O FERVE considera esta informação extraordinariamente preocupante, evidenciadora não só da desregulação laboral existente como também a inércia e falta de vontade política para fazer face a esta realidade.


Recorde-se que, uma esmagadora maioria das/os trabalhadoras/es a recibos verdes são 'falsos' recibos verdes, ou seja, de acordo com a lei deveriam ter um contrato de trabalho. Como tal, estamos perante uma situação que, além de grave e preocupante, é ilegal.

7 comentários:

Anónimo disse...

Vergonhoso o estado a que isto chegou e o pior é que o próprio estado é um dos principais promotores da ilegalidade e não dá o exemplo aos privados. :(

Anónimo disse...

Olá,

Descobri agora o blog e, também eu, trabalhadora independente (que vai contra o significado de independência, que essa eu tenho pouca devido ao excesso de contribuições que pago, face ao que recebo).

Vi aqui no blog que as contribuições para a segurança social vão aumentar, gostaria de saber em quanto, uma vez que ainda não sabia!

Obrigada

Anónimo disse...

para quando vai parar esta exploração de mão de obra?!
para quando os jovens adultos vão ter direito a fazer planos para o futuro?
eu gostava muito de ser mãe...fiz os 30 agora...e se não estivesse a recibo verde, agora seria a altura...mas desde que terminei a licenciatura em 2005 que assim é a recibo verde...se poder fazer planos...sem regalias..a receber menos que os colegas a contracto... e pior sem direito a nada!

somos tantos nesta situação, todos juntos penso que poderiamos fazer a diferença...uma mini revolução...

tenho participado em algumas iniciativas promovidas e divulgadas aqui no fórum, espero que hajam cada vez mais!!
já agora parabéns ao blog e seus autores, graças a voces não me sinto tão só!

Indy_Jones disse...

Vota PS? Só se eu for parvo...

Anónimo disse...

Olá,

de facto esta é uma situação vergonhosa e temo que não existam já adjectivo para a qualificar.

Sou recibos verdes de 1998, quando comecei a trabalhar. Consegui apenas um contrato de trabalho por ano e meio. Há 3 anos e meio que estou numa Grupo Automóvel como "estagiário"... No entanto, cumpro todas as ilegalidades que já são bem conhecidas: tenho horário fixo, estou integrado numa estrtura hierárquica, não trabalho em casa e as minhas funções de "estagiárias" nada têm.

Nestes quase quatro anos por várias vezes me foi prometida a passagem aos quadros, algo que por diversos "precalços" nunca aconteceu: "é por mais seis meses" ou "a filial agora não pode admitir mais ninguém" ou "estão congeladas as admissões"... Agora ainda tenho de ouvir o discurso: "e com a crise que está instalada, devias dar graças ao que tem!".

Não me queixo do ordenado bruto e das regalias que tenho, mas a entidade empregadora esquece-se de 3 ou 4situações: os vergonhosos descontos para a Segurança Social que temos de suportar e os direitos que temos enquanto Recibos Verdes, o facto de nada recebermos (indemnizações) se formos dispensados e o facto de não termos direito a Subsídio de Desemprego, a carga fiscal a que estamos sujeitos (retenção na fonte, I.V.A e escalões de I.R.S nada favoráveis). Adicionalmente, custa-me ver que existe um pacote de regalias na empresa para os contratos com as quais apenas posso sonhar - seguros de saúde, apoios familiares...

Este blog de facto tem ganho algumas batalhas, mas a guerra está longe de ser ganha, ainda por cima quando o estado é o maior utilizador deste modo vergonhoso e socialmente irresponsável de contratação.

Sou um grande apologista do fim, puro e simples, dos Recibos Verdes.

No entanto, eu e a minha esposa (também a recibos verdes) vamos continuar a lutar contra esta injustiça.

Anónimo disse...

Sou contra os recibos verdes tambem pela precaridade no trabalho!

Anónimo disse...

Quero aqui denunciar o facto de estar a trabalhar a recibos verdes há, sensivelmente, quinze anos como ajudante familiar, exposta às mais variadas situações resultantes desta função e por conta da Segurança Social!