06 abril 2008

Segurança Social: 155.22€ por mês

155,22€ por mês! É este o valor que os/as trabalhadores/as independentes têm agora de pagar à Segurança Social.

Este valor traduz um aumento de mais de quatro euros relativamente ao anterior, que era de 151,61€!

Tendo em conta que são mais de um milhão os/as trabalhadores/as independentes em Portugal e que, destes, cerca de 900 mil são trabalhadores/as com ‘falsos’ recibos verdes, o Estado passa a arrecadar mensalmente, só connosco, ‘falsos’ independentes, mais de 3.600.000€!

12 comentários:

Anónimo disse...

Todos uma cambada de chulos!!! Eu sempre quero ver se tenho direito a uma reforma digna!! A descontar 155,22€ todos os meses e nem ter os direitos que todos os outros trabalhadores têm...isso no final da minha vida laboral dar-me-ía uma boa reforma!!

Anónimo disse...

como é triste! cada vez pagam menos há hora e a segurança social ainda aumenta?! o governo vive as custas de jovens (e não só) que são explorados.
mas há remédio!
emigrem é o melhor que fazem

Anónimo disse...

Façam como eu. Deixem de pagar. Se vierem para liquidar é só dizer: regularizem a minha situação e depois eu pago o que tenho a pagar e a empresa que pague o restante. Penhoras? Impossível. É só mudar tudo para nome de familiares.

Senhor M disse...

todos os trab a recibos verdes estão a falsos recibos verdes? esses 900 mil está empolado.

Anónimo disse...

Caros (mais uma do belo «sistema»),

Vinha por este meio comunicar uma situação absolutamente deplorável que está acontecer no Ensino Superior em Portugal. O Ministério do Ensino Superior, ordenou que todos aqueles que estão a fazer Mestrados, Doutoramentos, ou sejam Investigadores, preencham um inquérito denominado como: Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2007 (http://www.ipctn07.estatisticas.gpeari.mctes.pt) - até ao presente ano, os alunos de Mestrado não preenchiam este questionário. Neste inquérito, são feitas várias questões, de entre as quais, em que instituições estudam ou estudaram os alunos no ano de 2007, etc. Contudo, o mais grave do questionário, é que na sua primeira parte, mais concretamente, na pergunta número dezassete (17), é coloca aos alunos a seguinte questão:

17. Indique qual a instituição responsável pelo pagamento do seu salário principal: ? ? [A preencher apenas nas situações de integração em carreira da Administração Pública e de Outra situação profissional. Se mudou de Unidade durante a ano de 2007, indique a instituição responsável pelo pagamento dos vencimentos do maior número de meses do ano.]

Unidade pela qual está a responder

Instituição de enquadramento da Unidade pela qual está a responder

Outra instituição

17.1. Se assinalou outra, indique se a instituição é:

Nacional
Estrangeira

Sector:

Estado
Instituição do Ensino Superior Público
Instituição do Ensino Superior Privado
Instituição Privada sem Fins Lucrativos
Empresa
Outra

Qualquer aluno que não tenha trabalho, esteja no desemprego, ou estude apenas, não pode continuar a realizar este inquérito, visto que é «convidado» a mentir em relação à sua situação, tendo que, obrigatoriamente, dizer que teve direito a uma Bolsa ou que recebe dinheiro de algures. Isto é absolutamente deplorável e não passa de mais uma política de cosmética por parte do Ministério do Ensino Superior, na sua senda de criar boas estatísticas para «estrangeiro ver»!

Anónimo disse...

Sabem o que me deixa mais triste? O facto de não existir uma verdadeira UNIÃO nacional em torno deste tema e sabem porquê? Porque os filhos dos ministros têm sempre bons empregos, ou melhor bons "tachos" pagos pelos contribuintes. Sinto que, apesar de virtualmente unidos pela net cada um tenta viver e fazer a sua vidinha o melhor que sabe e pode e que já não há meritocracia em área nenhuma - o que devia existir.

Anónimo disse...

Esse valor é baseado no mínimo possível a pagar à SS. Eu pago o alargado e ultrapassa já os 200 euros: sabem a que tenho direito?

Uma parcela de um subsídio de desemprego se estiver de baixa e eventualmente a uma reforma miserável se algum dia puder usufruir dela.

Isto após 10 anos a trabalhar para a Câmara Municipal de lisboa

Anónimo disse...

Subscrevo a informação do caro leitor anónimo anterior: tabém sempre paguei o regime alargado, que vai nos 200 euros, sim. Trabalhei em horário completo durante 14 anos e meio na formação profissional do Ministério da Economia, mas numa escola com regras "parecidas" com as do ensino regular, i.e. com horário completo. Claro que havia interrupção anual do contrato de prestação de serviços, que não correpondia à ausência dos contratados da referida escola. Cada um faz a sua opção, bem sei, só queria partilhar convosco que estou sem poder trabalhar desde Fevereiro, por ter de fazer quimioterapia. Quanto ganho? Nada. Não há apoio e sempre paguei os meus impostos todos. Graças ao regime alargado, posso receber 12 euros por dia de internamento em que faço o tratamento. Pensem na vossa vida. Não vale a pena a carolice, nem tão pouco a honestidade. Façam algo, por favor. Eu gostava de ter força e meios para fazer, mas vai faltando o ânimo.

Anónimo disse...

Como me entristeceram estes comentários! Porque são verdadeiros! E ontem ouvi aquele debate sobre energia, sobre os milhões que se vão gastar em barragens que vão criar 4500 postos de trabalho ... e eu pensei "o mais provável é que sejem para ilegais", como acontece em várias obras como aconteceu na Ponte Vasco da Gama e outras obras, e nós, público em geral, só ficámos a saber por causa dos acidentes em que morreram alguns estrangeiros ilegais. Nem a recibo verde estariam. E, se quando as obras começarem nas barragens, o Governo mandar contratar os desempregados dessas empresas que estão a fechar? Até lá eles podem obter a formação necessária, não é isso que lhes mandaram fazer, obter mais formação? Creio que, quem tem contas a pagar, cônjuge e filhos a sustentar, não deve ter problemas de maior em ir para outro lugar desde que seja para trabalhar.

Triste governo e triste oposição aquela que, excluindo aquela tirada de Santana Lopes sobre o quão ridícula foi aquela saída do PM do "diga qualquer coisinha...", normalmente também raramente está à altura ...

Penso que o povo português merecia melhor mas o grande problema reside na falta de alternativas, na falta de coragem das pessoas válidas se apresentarem à Nação, de não quererem, por alguns anos, abrir mão dos seus privilégios.

Anónimo disse...

Subscrevo por inteiro, aplaudo e solidarizo-me com os comentários de todos. Há dez anos que trabalho a recibo verde, nunca trabalhei de outra forma. Nunca pude realizar muitas das aspirações que tinha, pois a ganhar pouco mais do que o ordenado mínimo e a descontar uma fatia como esta para a Seg. Social, resta-nos o quê? Alugar o quê, para termos onde viver? Uma casa? Só se for um barraco. Muita sorte termos ainda a casa dos pais...

Não temos direitos praticamente nenhuns. Nas vésperas da Revolução Francesa, era esta a situação em que se encontrava a maioria dos trabalhadores: tinham apenas direito a trabalhar. Muita gente que trabalha por conta de outrem não sabe verdadeiramente o que é trabalhar-se a recibo verde; desconhecem que não temos direito a 13 mês, subsídio de férias, subsídio de Natal, e que nem sequer temos direito a subsídio de desemprego. Devemos tudo isto a uma classe política absolutamente miserável e incompetente, que nos últimos 30 anos andou ocupada a governar-se. Os partidos políticos são descaradas agências de emprego. Querem que eu me refira a casos de pessoas que, por terem primos, tios, cunhados ou papás filiados em partidos, conseguiram bons empregos, passando à frente de pessoas com mais habilitações, em concursos forjados e falsos? Não vale a pena, pois não? Todos sabemos disso. Afinal, este país continua nas mãos de famílias e de partidos. Nada mudou, e era para ter mudado tudo. Fomos enganados, meus amigos. Fazemos parte de uma geração enganada e abandonada à sua sorte por políticos hipócritas e incompetentes.

Pela parte que me toca, vou seguir o conselho do leitor anónimo que aqui disse: emigrem, é o melhor que fazem. Apesar de ter uma licenciatura e uma pós-graduação, quero ver se consigo ir trabalhar para uma cozinha num hotel da Suíça, onde poderei ganhar um ordenado justo que me permitirá poupar para a minha reforma, porque não vai ser a SS a garantir-ma daqui a uns anos. Espero bem conseguir esse objectivo, e até agora o processo está a correr bem. Quanto mais depressa me for embora, e mais longe estiver deste país, melhor.

Queria deixar uma palavra especial, de muito ânimo e amizade, para o caro leitor anónimo que está a fazer quimioterapia e que, depois de 14 anos de trabalho e de descontos, não tem direito a mais do que uma miséria. Tem toda a razão: neste país não vale a pena nem a honestidade nem a carolice, o que conta é conhecermos alguém num partido qualquer. (Eu quero ver se serão levadas a tribunal as pessoas que puseram as mãos nos Fundos da UE, aqui há uns anos; foi um fartar-vilanagem, e como sempre todos ficarão impunes.)
Não desista da sua luta, meu amigo. Não desanime. Cerre fileiras, mostre-lhes de que massa é feito. Um grande abraço, para si e para todos.

Anónimo disse...

Concordo em pleno com cada um de vós. Não sou um "verdinho" mas já fui. Por agora estou efectivo numa empresa de construção civil que por ter tudo regularizado relativamente a estas questões, sofre inevitavelmente da concorrencia que outras empresas fazem que não tem os mesmos custos com trabalhadores. Tenho pena que o nosso País não tente valorizar empresas como esta e deixe passar impunes todas as que por ai andam a explorar as pessoas. Com esta passividade do estado em vez de as empresas serem incentivadas a cumprir, as que cumprem sente-se tentadas a explorar tambem. É uma vergonha... Sou solidario com todos vos porque com a FLEXIGURANÇA um dia ainda me calha a mim outra vez o ser "verdinho"

FERVE disse...

Caro senhor M:

Quando referimos que existem 900 mil trabalhadores/as com 'falsos' recibos verdes estamos a citar dados publicados do jornal 'Expresso', cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística

Pelo FERVE;

Cristina Andrade