02 janeiro 2009

O FERVE na TSF

No seguimento da mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva, uma das fundadoras do movimento Fartos/as d'Estes Recibos Verdes (FERVE) fez algumas recomendações aos deputados e ao Governo sobre o desemprego e o trabalho precário, como, por exemplo, que o Estado não fomente essa precariedade.

Podem ler a notícia na íntegra
aqui.

5 comentários:

Anónimo disse...

Andam muito preocupados com os inspectores da ACT e com os formadores dos Centros Novas Oportunidades que ganham salários decentes e ninguém se preocupa com os (200) administrativos dos CNOs que ganham uma ninharia e continuam a trabalhar a tempo inteiro e a recibos verdes, ou seja, do salário já curto sobra pouco para pagar as contas, muitas vezes nem chega...

Anónimo disse...

Quando se fala aqui em Centro Novas Oportunidades falasse em todo o seu pessoal como é lógico! Não podem uns ser filhos e outros enteados!

FERVE disse...

Caro João:

Já por diversas vezes que denunciámos a situação dos trabalhadores/as dos CNO's, como poderá constar através d euma pesquisa na Internet ou no blog.

É-nos, naturalmente, impossível estar a par de todas as situações de 'falsos' recibos verdes do país. Por esse motivo, o nosso endereço de correio electrónico está disponível na página para que, quem queira agir, possa denunciar a sua situação e, se quiser, para que publiquemos o testemunho na página.

Por outro lado, o FERVE é um grupo aberto a todos/as quantos/as queiram participar activamente na luta contra os 'falsos' recibos verdes, motivo pelo qual o exortamos a comparecer numa das nossas reuniões.

Por fim, se o quadro da ACT estivisse preenchido, poderia solicitar uma inspecção ao seu local de trabalho e ver a sua situação profisisonal resolvida.

Pelo FERVE;

Cristina Andrade

Anónimo disse...

Relativamente ao testemunho do Sr. João,eu tenho colocado post´s aqui por causa dos formadores a recibos verdes porque isso me afecta directamente. De qualquer das formas, no CNO onde trabalho não há administrativo, por isso não tenho conhecimento sobre o assunto, pelo que também não me posso pronunciar.

Anónimo disse...

Em Portugal a Precariedade/Desemprego mina todas as classes e sectores do público e do privado.

É indiferente o escalão ou remuneração quando se fala de verdadeira precariedade - Hoje ganha-se, amanhã não.

A mensagem é a de união entre todas as classes contra esta precariedade.

A precariedade no próprio Estado deve ser, no entanto, forte e veementemente criticada e sobretudo denunciada aos cidadãos e cidadãs deste país.
Criticada politicamente e do ponto de vista social; denunciada porque infelizmente quando se trata do Estado, os trabalhadores nem podem recorrer às autoridades competentes, que nada podem fazer quando se trata do sector público.

A precariedade é a dos falsos recibos verdes, em todos os sectores, mas também a dos contratos a prazo, a da não efectividade, e as múltiplas formas e contraformas contratuais que se arranjam com o único objectivo de alimentar o "Estado"(o deles,porque em nome da verdade, o Estado somos nós), retirando aos cidadãos e cidadãs que podem e querem trabalhar, e que veêm a sua juventude e pesado adultício com um projecto de vida sempre adiado, à espera de uma qualquer forma de estabilidade.

Os CNO, são disso exemplo; uns a recibo verde, outros a contrato a termo, subsidiados por fundos europeus, com objectivos concretos de aumentar as estatisticas na Educação e qualificação da população,e com a sua "morte" (a dos CNO, entenda-se) preparada para 2013.

Na Educação (CNO, UNIVA, SPO - Técnicos; Assistentes operacionais e administrativos), veêm-se falsos recibos verdes, contratos a prazo, contratação ou prestação de serviços via agências de trabalho temporário.
Na Saúde, a mesma coisa, sem novidade, com o acréscimo do trabalho voluntário de técnicos que não recebem coisa nenhuma, nem garantem o seu futuro, e que mantêm os serviços a funcionar.

Concordo em absoluto que se criem autoridades fiscalizadoras que possam intervir no sector público, que possam ser isentas e colocar alguma ordem nestes (des)governos, de há muitos anos para cá, que têm alimentado a precariedade e o desemprego de forma substancial e crescente ao longo dos tempos.

Este não é o flagelo do ano de 2009, nem sequer é derivado da crise internacional.
A precariedade é filha. e o desemprego é o neto dos últimos governos - do bloco central que nos tem desgovernado.

Pesada a herança do 25 de Abril para as gerações que nele e depois dele nasceram, não pelo valor essencial que trouxe à democracia portuguesa, mas antes porque é mais uma revolução traída, e os filhos e netos desta revolução, criados para os direitos fundamentais do Homem, ficam entorpecidos e sobretudo oprimidos porque tudo o que sonharam foi morto à nascença pelos nossos governantes.
A última década é a prova dessa traição: A perda dos direitos, a perda de poder de compra, a perda de qualidade de vida.
Gerações afundadas em opressão, sem direito ao trabalho digno, sem direito à justa remuneração, sem direito à estabilidade, e sem direito a um Estado que seja o garante destas liberdades e direitos fundamentais.

Estas são as gerações a quem não se permite um projecto de vida, apenas obrigadas a pensar na subsistência básica, no ter ou não emprego,no ter ou não direito à habitação...

Isto sim é grave.
Acabem com esta precariedade, acabem com a ausência de fiscalização no próprio sector público, acabem com um país onde os ideais se esgotam na corrupção que se nota em nossa volta, essa sim a do dinheiro e do direito ao compadrio e ao enriquecimento.

Acabem com a corrupção:relançam o sistema; acabem com os off-shores: diminuem fortemente os efeitos da crise;
Parem de explorar as pessoas honestas que tudo pagam e nada têm,e façam com que se recrie um estado de liberdade, verdade, justiça e fraternidade.