No seguimento da mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva, uma das fundadoras do movimento Fartos/as d'Estes Recibos Verdes (FERVE) fez algumas recomendações aos deputados e ao Governo sobre o desemprego e o trabalho precário, como, por exemplo, que o Estado não fomente essa precariedade.
Podem ler a notícia na íntegra aqui.
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5 comentários:
Andam muito preocupados com os inspectores da ACT e com os formadores dos Centros Novas Oportunidades que ganham salários decentes e ninguém se preocupa com os (200) administrativos dos CNOs que ganham uma ninharia e continuam a trabalhar a tempo inteiro e a recibos verdes, ou seja, do salário já curto sobra pouco para pagar as contas, muitas vezes nem chega...
Quando se fala aqui em Centro Novas Oportunidades falasse em todo o seu pessoal como é lógico! Não podem uns ser filhos e outros enteados!
Caro João:
Já por diversas vezes que denunciámos a situação dos trabalhadores/as dos CNO's, como poderá constar através d euma pesquisa na Internet ou no blog.
É-nos, naturalmente, impossível estar a par de todas as situações de 'falsos' recibos verdes do país. Por esse motivo, o nosso endereço de correio electrónico está disponível na página para que, quem queira agir, possa denunciar a sua situação e, se quiser, para que publiquemos o testemunho na página.
Por outro lado, o FERVE é um grupo aberto a todos/as quantos/as queiram participar activamente na luta contra os 'falsos' recibos verdes, motivo pelo qual o exortamos a comparecer numa das nossas reuniões.
Por fim, se o quadro da ACT estivisse preenchido, poderia solicitar uma inspecção ao seu local de trabalho e ver a sua situação profisisonal resolvida.
Pelo FERVE;
Cristina Andrade
Relativamente ao testemunho do Sr. João,eu tenho colocado post´s aqui por causa dos formadores a recibos verdes porque isso me afecta directamente. De qualquer das formas, no CNO onde trabalho não há administrativo, por isso não tenho conhecimento sobre o assunto, pelo que também não me posso pronunciar.
Em Portugal a Precariedade/Desemprego mina todas as classes e sectores do público e do privado.
É indiferente o escalão ou remuneração quando se fala de verdadeira precariedade - Hoje ganha-se, amanhã não.
A mensagem é a de união entre todas as classes contra esta precariedade.
A precariedade no próprio Estado deve ser, no entanto, forte e veementemente criticada e sobretudo denunciada aos cidadãos e cidadãs deste país.
Criticada politicamente e do ponto de vista social; denunciada porque infelizmente quando se trata do Estado, os trabalhadores nem podem recorrer às autoridades competentes, que nada podem fazer quando se trata do sector público.
A precariedade é a dos falsos recibos verdes, em todos os sectores, mas também a dos contratos a prazo, a da não efectividade, e as múltiplas formas e contraformas contratuais que se arranjam com o único objectivo de alimentar o "Estado"(o deles,porque em nome da verdade, o Estado somos nós), retirando aos cidadãos e cidadãs que podem e querem trabalhar, e que veêm a sua juventude e pesado adultício com um projecto de vida sempre adiado, à espera de uma qualquer forma de estabilidade.
Os CNO, são disso exemplo; uns a recibo verde, outros a contrato a termo, subsidiados por fundos europeus, com objectivos concretos de aumentar as estatisticas na Educação e qualificação da população,e com a sua "morte" (a dos CNO, entenda-se) preparada para 2013.
Na Educação (CNO, UNIVA, SPO - Técnicos; Assistentes operacionais e administrativos), veêm-se falsos recibos verdes, contratos a prazo, contratação ou prestação de serviços via agências de trabalho temporário.
Na Saúde, a mesma coisa, sem novidade, com o acréscimo do trabalho voluntário de técnicos que não recebem coisa nenhuma, nem garantem o seu futuro, e que mantêm os serviços a funcionar.
Concordo em absoluto que se criem autoridades fiscalizadoras que possam intervir no sector público, que possam ser isentas e colocar alguma ordem nestes (des)governos, de há muitos anos para cá, que têm alimentado a precariedade e o desemprego de forma substancial e crescente ao longo dos tempos.
Este não é o flagelo do ano de 2009, nem sequer é derivado da crise internacional.
A precariedade é filha. e o desemprego é o neto dos últimos governos - do bloco central que nos tem desgovernado.
Pesada a herança do 25 de Abril para as gerações que nele e depois dele nasceram, não pelo valor essencial que trouxe à democracia portuguesa, mas antes porque é mais uma revolução traída, e os filhos e netos desta revolução, criados para os direitos fundamentais do Homem, ficam entorpecidos e sobretudo oprimidos porque tudo o que sonharam foi morto à nascença pelos nossos governantes.
A última década é a prova dessa traição: A perda dos direitos, a perda de poder de compra, a perda de qualidade de vida.
Gerações afundadas em opressão, sem direito ao trabalho digno, sem direito à justa remuneração, sem direito à estabilidade, e sem direito a um Estado que seja o garante destas liberdades e direitos fundamentais.
Estas são as gerações a quem não se permite um projecto de vida, apenas obrigadas a pensar na subsistência básica, no ter ou não emprego,no ter ou não direito à habitação...
Isto sim é grave.
Acabem com esta precariedade, acabem com a ausência de fiscalização no próprio sector público, acabem com um país onde os ideais se esgotam na corrupção que se nota em nossa volta, essa sim a do dinheiro e do direito ao compadrio e ao enriquecimento.
Acabem com a corrupção:relançam o sistema; acabem com os off-shores: diminuem fortemente os efeitos da crise;
Parem de explorar as pessoas honestas que tudo pagam e nada têm,e façam com que se recrie um estado de liberdade, verdade, justiça e fraternidade.
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