05 julho 2007

Testemunho

Parabéns pela iniciativa e obrigada por darem voz aos “trabalhadores por conta de outrem” que, se quiserem trabalhar, precisam se sujeitar aos tais recibos verdes.

Vou contar-vos uma breve história, diferente das que todos já sabemos que acontece: trabalhei com hora para chegar à empresa, hora para sair, e tinha, inclusive, um chefe!

- E sabem o que nos fizeram, a nós, colaboradores a recibos verdes?

- Não nos convidaram para a festa de confraternização de Natal da empresa, porque não éramos considerados funcionários!

Vejam a que ponto chega os empresários portugueses! Chega a ser ridículo, não é?


Anónima - Gondomar

4 comentários:

Joana disse...

Até chega a ser cómico...

Mentiroso disse...

Não tem nada a ver com os recibos. É um povo selvagem que segue os exemplos dos mafiosos, aceita a corrupção e é o terceiro culpado pelo estado a que chegámos, pois que com este comportamento de se acomodar a tudo e de tudo aceitar só pode contribuir para isso. Não têm nada de que se queixar.

Os primeiros culpados são os autores, a começar pelos governos que receberam o grosso dos fundos europeus, roubaram-nos, deram, indemnizações para terminar com indústria, pesca, agricultura, tudo, e reformaram imensa gente de cerca de 40 anos. Ao dinheiro para prepararem a substituição puseram-no a circular para causar inflação e a ilusão de que toda a gente tinha enriquecido e assim terem os votos necessários para que fossem os governos que mais duraram. Como agradecimento, veja.se só, os acomodados elegeram o chefe da seita para presidente. Não têm nada de que se queixar.

Os segundos são os jornaleiros indignos que por conivência escondem todos os crimes dos primeiros e não informam como funcionam as democracias europeias, só contam o que está mal e que é copiado pelos primeiros. Destes podem queixar-se, mas não o fazem. Vamos lá a compreender o que querem.

Enquanto se permitir que tais situações continuem não há motivo para reclamação. é assim porque se permite = quer.

Francamente, não se compreende de que haja quem se queixe quando não só não fizeram nada para que assim não fosse como ainda aprovaram, imitaram a corrupção ainda a praticar a corrupção. Sejamos honestos e reconheçamos o que fazemos de errado a fim de o podermos emendar. Agora está tão entranhado que a bem já não vai, só à força. E essa só a união a faz. Se até todas as liberdades e direitos de cidadania nos querem tirar para nos calarmos e não reclamarmos...

Não foi Sócrates, o ateniense do tempo de Péricles, que disse «O importante não é viver, mas viver com dignidade»?

ATG disse...

O mínimo que podiam fazer, se tivessem dignidade, seria convidar-vos para a festa de Natal. É que se quisessem vocês até tinham direito a pedir uma indemnização a essa empresa por desigualdade de tratamento entre funcionários. Mas para isso é preciso que seja reconhecido o contrato de trabalho respectivo.

Anónimo disse...

Ahahahah, também me aconteceu o mesmo.
Estou a trabalhar (entenda-se, a ser explorado) num local onde realizaram um evento, que incluía um jantar de confraternização. O chefe máximo do local não teve "tomates" e então mandou o chefe do meu sector informar que eu, e mais outro na mesma situação, não estávamos convidados para o jantar mas estavámos convidados para o evento.
Como já conhecia a forretice do chefe máximo nem me importei. Afinal, não queria ir se a minha presença não era desejada, nem queria que o serviço abrisse falência por minha causa!
O que vale é a solidariedade dos meus colegas que já utilizaram esta cena para criticar o chefe máximo!