Agora que estou "de férias forçadas" (sou professora de Inglês no Ensino Básico) e tenho tido mais tempo para reflectir. Lembrei-me que poderia ser interessante um abaixo-assinado em grande para levar o nosso assunto a ser debatido na Assembleia da República para, pelo menos nas entidades públicas, pagas com os impostos de todos nós, esta praga possa terminar.
Fui recentemente a duas entrevistas para trabalhos normalíssimos, um deles era de introdução de dados e atendimento de chamadas telefónicas, e até aí me foi exigido trabalhar a recibos verdes, sendo que com uma variante que desconhecia: não tinha um salário-base fixo, era tudo dependente do número de chamadas que recebesse por dia (no qual eu tenho imensa influência, como está bom de ver).
Claro que recusei ambas as propostas; por valores tão baixos previstos ao fim do mês, não me compensa minimamente estar a pagar 151 euros de Segurança Social mensalmente. Saí da segunda entrevista tão revoltada que resolvi "pôr a boca no trombone" e denunciar estes casos escandalosos à Inspecção-Geral do Trabalho.
Telefonei e foi-me dito que denúncias só na Loja do Cidadão, presencialmente, e, mesmo assim, sem garantias de que a queixa viesse a resultar em algo, pelo menos nos tempos mais próximos. Desisti...
E conformei-me à triste realidade de que, até fins de Setembro, estou em casa, depois de bater a muitas portas de call centers e afins, porque, como tenho a sorte de os meus pais não receberem o salário mínimo, não tenho direito a rendimento social de inserção nem subsídio de desemprego, porque sou trabalhadora de segunda categoria (ou talvez abaixo).
Sinto que, se organizássemos uma iniciativa em grande escala, se nos fizéssemos ouvir junto de alguém influente (sindicatos, advogados especialistas em Direito do Trabalho), as coisas poderiam mudar. A união faz a força e, como o blog tem provado, somos muitos.
Fui recentemente a duas entrevistas para trabalhos normalíssimos, um deles era de introdução de dados e atendimento de chamadas telefónicas, e até aí me foi exigido trabalhar a recibos verdes, sendo que com uma variante que desconhecia: não tinha um salário-base fixo, era tudo dependente do número de chamadas que recebesse por dia (no qual eu tenho imensa influência, como está bom de ver).
Claro que recusei ambas as propostas; por valores tão baixos previstos ao fim do mês, não me compensa minimamente estar a pagar 151 euros de Segurança Social mensalmente. Saí da segunda entrevista tão revoltada que resolvi "pôr a boca no trombone" e denunciar estes casos escandalosos à Inspecção-Geral do Trabalho.
Telefonei e foi-me dito que denúncias só na Loja do Cidadão, presencialmente, e, mesmo assim, sem garantias de que a queixa viesse a resultar em algo, pelo menos nos tempos mais próximos. Desisti...
E conformei-me à triste realidade de que, até fins de Setembro, estou em casa, depois de bater a muitas portas de call centers e afins, porque, como tenho a sorte de os meus pais não receberem o salário mínimo, não tenho direito a rendimento social de inserção nem subsídio de desemprego, porque sou trabalhadora de segunda categoria (ou talvez abaixo).
Sinto que, se organizássemos uma iniciativa em grande escala, se nos fizéssemos ouvir junto de alguém influente (sindicatos, advogados especialistas em Direito do Trabalho), as coisas poderiam mudar. A união faz a força e, como o blog tem provado, somos muitos.
Anónima
4 comentários:
I pass and look your blog. Greeting of France. Good continuation.
Concordo com a iniciativa! Aliás se alguém conhecer quem compile todos estes relatos e tenha a cunha numa editora, seria interessante formarmos um lobbie de protesto, cheio de campanhas e estratégias de marketing, apoiados pelos media...aposto que daria dor de cabeça a muitos!
Contem comigo também
Também eu sou professora de Inglês nas actividades extra curriculares. Na verdade, ainda só não desisti de continuar a leccionar desta forma pois sinto-me realizada com o que faço, caso contrário, já tinha desistido há muito...não há condições para viver. E ainda apelam ao crescimento da natalidade. Vamos pôr os nossos filhos a pedir, para lhes dar casa e comida??? Como é óbvio, não tenho, nem tão pouco planeio ter filhos para breve (e já tenho 29 anos)...É chocante a forma como temos de continuar a trabalhar...
Não nos podemos calar!!!
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