Os movimentos contra os falsos recibos verdes, FERVE e Precários Inflexíveis, consideram que a legislação publicada, esta quinta-feira, sobre os subsídios de desemprego para os trabalhadores independentes é "um insulto" e pedem mais fiscalização.
"É um verdadeiro insulto. É gozar com as pessoas, dizer-lhes que têm que viver com a precariedade e ainda têm que aceitar que se façam leis a fingir que as vão abranger, quando nós sabemos que com as regras como elas estão previstas muito poucas pessoas terão acesso a estes subsídios", disse à Lusa Tiago Gillot, dos Precários Inflexíveis. Para o membro do movimento, ainda que algum destes trabalhadores independentes tenha acesso às prestações, "será com valores muito baixos".
Segundo Tiago Gillot, este documento "desmente ainda muitos meses de propaganda" e adia uma vez mais a resolução de uma "fraude social" de grande dimensão que é o facto de termos milhares de trabalhadores sem direito ao mais básico que é o ter um contrato social.
Também Adriano Campos, do movimento FERVE - Fartas/os d'Estes Recibos Verdes, considera que o diploma é uma "desilusão para muitos milhares trabalhadores que estão à porta do despedimento".
"O Governo optou por juntar no mesmo modelo verdadeiros trabalhadores independentes, que não terão acesso ao subsídio de desemprego porque fazem o seu serviço a diversas entidades e os falsos recibos verdes, que no fundo são aqueles que vão receber porque são aqueles que efetuam descontos a 80 por cento ou mais para a mesma entidade", refere.
Notícia na íntegra no JN.
2 comentários:
Uma treta... que, aliás deve surpreender pouca gente...
Fui uma falsa recibo verde. Muitas vezes trabalhei com contrato de prestação de serviços, mas tinha horário laboral completo e local fixo. Se não passasse o recibo verde com desconto IRS e IVA, não recebia o salario. Isto, quando me pagavam, pois muitas vezes esperei meses e anos infrutíferos.
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