03 junho 2009

Retrato de um Portugal precário no Le Monde

"Em Portugal, os recibos verdes encarnam o extremo da precariedade no trabalho": é este o título da reportagem que o jornal francês 'Le Monde' acaba de publicar.


Esta reportagem, efectuada por Jean-Jacques Bozonnet, apresenta um retrato do Portugal precário que vai a votos no próximo Domingo, e conta com a participação do FERVE, dos Precários Inflexíveis e da CGTP, entre outros.


A reportagem, que sairá na edição em papel do Le Monde de amanhã, encontra-se já disponível online aqui.

9 comentários:

lp16 disse...

Qual horários fixos, qual horas-extra pagas, qual subsídio de almoço, qual subsídio de transporte, qual 13º mês??? ETC..

"Não querem estar a recibos verdes? Atão basem que há muitos na fila.."

Ahah... o patronato esfrega as manápulas a rir-se com todos os direitos que nos conseguiu obliterar...

Os RV são, de facto, a expressão máxima da Exploração neo-prá-frentex dos dias de hoje.

Artur disse...

É trágico, mas muitos patrões nem conseguem imaginar outra forma de relação com o trabalhador. Já fui aliciado com contratos, começando a trabalhar a RV durante uns meses de experiência, mas após muitos meses ainda continuava na mesma. Esta situação é de uma imoralidade sem limites e demonstra, mais do que a natureza do emprego do século XXI, a falta de solidariedade e respeito pelo trabalho do outro.
Parabéns pelo blogue.

Anónimo disse...

Quando o próprio estado alimenta estas situções não se espera que o resto seja melhor.

O Governo PS continua a renovar Avenças com a promesa de abertura de concursos. Mas vai engonhado com papelada para cá e para lá. Inventa auditorias. Inventa mais pedidos de justificação. é proprio governo que mantem os trabalhadores precários. Trabalhadores cujo os anos a recibo verde seria a justificação mais que suficiente para resolver a situação sem o recurso a concursos públicos.

É o País que temos.

So espero que no Domingo a maioria se lembre e não volte a votar nos "Socialistas"

Anónimo disse...

e pensar que os Sindicatos também os têm lá...

Muito triste...

Um dia vamos pagar isto tudo bem caro.

futuros adiados, filhos, etc...
um dia...

MUNCS disse...

Pessoal! Toca a comentar a notícia do PÚBLICO com os vossos testemunhos!! Pode ser em anonimato.

Vamos entupir aquilo com comentários para que a notícia não seja ignorada. Nem em destaque esteve.
Vamos mostrar que somos muitos!

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1384936

Anónimo disse...

Estava a ler o seu post sobre o incidente do ano passado com o IES/DA, em que vários de nós foram apanhados de surpresa com as coimas que o Fisco pretendia aplicar.

No meu caso, a coima referia-se à não apresentação relativamente a 2007 e só a esse ano. Ainda antes do comunicado do Governo agi junto da Repartição de Finanças com um requerimento invocando, no fundo, os argumentos do Governo e eque estão no RGTI.

Como nada recebi sobre 2006 nem sequer sabia que também tinha de proceder a essa regularização.

Pois hoje recebo outra cartinha do Fisco para proceder ao pagamento da coima referente ao ano de 2006.

Então por que razão não me notificaram dos dois anos, conjunta ou separadamente?

Por que razão deixam passar um ano para utilizarem o mesmo estratagema do ano passado, com evidente má-fé?

Obrigado e boa tarde!

Anónimo disse...

Foi através deste artigo, comentado no Sapo que cheguei ao FERVE, e tal como muitos portugueses também eu estou a recibos verdes, numa empresa municipal, em que a única funcionária sou eu, à mais de um ano. Começo a desesperar, ou melhor a FERVER com esta precária situação. Agora que conheço este movimento, também junto a minha voz a esta causa: acabar com a precaridade laboral!

V M disse...

Parabéns aos autores pelo blog.

Anónimo disse...

Vou juntar a minha voz ao protesto. Tenho 25 anos e sou fisioterapeuta, trabalho desde 2005e desde então nunca consegui trabalhar na minha área sem ser a recibos verdes.Para tentar diminuir a precariedade em que vivo arranjei um emprego fora da minha área que também ele é precário porque é num call center mas trabalho para uma empresa de trabalho temporário à 3 anos. Por isto tudo junto-me a esta luta. Parabéns