21 fevereiro 2009

Testemunho: Estádio Universitário de Lisboa

Trabalho no complexo do Estádio Universitário há muitos anos (mais de sete) e estou a recibos verdes desde sempre.

Nunca nos pagaram o mês de Agosto, altura em que o complexo encerra para férias, muito menos subsídio de férias ou de Natal. Nunca tive direito a baixa, e no mês de Setembro só recebemos meio mês, pois entenderam que o complexo só abre a 15 desse mês, e sendo assim só pagam o mencionado.

Somos avaliados duas vezes por ano pelos coordenadores, temos cartão de ponto, temos horário para cumprir, equipamento que temos que usar quando estamos a laborar, um documento que nos regemos para dar as aulas, somos obrigados a entregar planeamentos das aulas, a ir a reuniões, etc, etc...

Foi-nos comunicado agora, pela coordenadora do complexo (pois o presidente do EUL não queria que os trabalhadores do EUL soubessem), que a partir de Julho estamos todos despedidos, e que vão colocar um concurso, e que o complexo vai ser gerido por uma empresa, estando todos nós trabalhadores do EUL, despedidos a partir de 31 de Julho.

Não sabemos bem o que fazer, mas pensamos ter direito a algo mais do que um "Vai-te embora. Fizeste um excelente trabalho, és um grande profissional, sempre tiveste uma boa avaliação pessoal, mas agora acabou.

12 comentários:

Anónimo disse...

Isto é desesperante. Será que quem ordena estas decisões não tem uma certa sensibilidade?
Podia querer passar o EUL para gestão privada, mas com a condição dos trabalhadores serem integrados.
O Estado, que tanto fala em emprego, é o primeiro a despedir as pessoas!

Anónimo disse...

Mas desde quando é que o ESTADO é pessoa de bem? E agora governados por esta tropa, só temos que esperar mais porcaria é só ver o bonito codigo do trabalho é a cara deles todos.

Cumps

Anónimo disse...

Mais grave, e concerteza a pedir uma intervenção...Estes srs.do EUL, fizeram concursos durante estes anos...viciados.As entidades fiscalizadoras deveriam de investigar, pois os culpados devem ser levados á justiça.
Não tenham duvidas, que também vão tentar viciar o concurso agora aberto.

Anónimo disse...

Gostaria de deixar aqui o meu testemunho, em relação ao EUL.
Sou trabalhadora no complexo do EUL á 8anos, e sempre a receber por recibos verdes.Tentei realizar uma pesquisa para saber quantas pessoas estão nesta situação, e cheguei a um numero com 3 algarismos.Seguramente somos mais de 100 pessoas a receber a recibos verdes alguns dos quais á 12 anos, ou seja, desde que o EUL abriu as suas portas do complexo de piscinas, ginásio, artes marciais, ténis, etc.
Não quero estar a repetir o que o meu colega já escreveu, mas quem tem cartão de ponto,vestuário que é obrigado a usar no complexo quando está a laborar, é avaliado 2x p/ano, tem hierárquia bem explícita, tem horário de inicio e fim de trabalho, isto não é trabalho dependente?O que se passa no EUL é uma vergonha, e as pessoas têm que saber o que se passa aqui, pois temos estado a realizar um trabalho excelente que é reconhecido por todos, especialmente pelos nossos alunos e superiores hierárquicos, e agora sem mais querem despedir-nos no fim de Julho?Muitos de nós têm familia e encargos mensais que se forem para a rua, terão grandes problemas no futuro, e isto porque o estado não quer assumir a sua responsabilidade, numa instituição que dá mlhares de euros de lucro?
Obrigada.
uma futura desempregada dos falsos recibos verdes.

Anónimo disse...

Amigos do EUL. Antes de eles correrem com a malta seria má ideia denunciar a vossa situação ao ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho (www.act.gov.pt)? Segundo li, 90 trabalhadores dum Inst. Publico(?) do Alqueva denunciaram e conseguiram o contrato de trabalho.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Penso que a ACT não fiscaliza organismos do Estado.. um instituto publico não é a mesma coisa que o Estádio Universitário de Lisboa... penso que do que...

Anónimo disse...

Já que querem contensão de custos,e que é culpa da crise, deveriam mandar embora os "primos" e os "enteados" e deixarem quem trabalha honestamente, em paz,

Mandam embora quem precisam, mas é para assegurar os lugares aos amigos!O estado é que dá o bom exemplo....

Anónimo disse...

Boa tarde a todos!
Eu sou mais um dos que vai para a rua só porque apetece. Também nao quero voltar a repetir tudo o que foi dito pelos meus colegas anteriormente mas a quem de bem ler tudo o que foi dito e souber onde nos devemos dirigir e a quem, agradeço desde já em nome de todos os verdadeiros trabalhadores do EUL.
Obrigado

Anónimo disse...

E porque não avançar com uma acção judicial? Claro que é importante a divulgação do que se passa, mas... é suficiente que isto fique pela blogosfera? Vão ao Ministério Público!! Solicitem um advogado! Muita gente se queixa, mas há poucas denúncias em tribunal, comparando com a quantidade de pessoas que estão a trabalhar sob falsos recibos verdes!!!!!

Anónimo disse...

a última pessoa do EUL que apresentou uma queixa, foi mandada embora, pois tinha conhecimento da lei, em que dizia que ao fim de 3 anos consecutivos a recibos verdes, a entidade teria de estabelecer contrato.

está há cerca de 2 anos com o processo pendente, pois esta pessoa era "incomoda" para muitos pessoas de lá (dirigentes)

como querem que nós façamos queixa?quando alguem toma iniciativa, começam todos a pensar e chegam a conclusao de que nao querem ir mais cedo para o olho da rua?e depois entre ceca de 100 recibos verdes, 2 ou 3 tomam o 1º passo...

Anónimo disse...

a época está a terminar!

estou para ver dos que ficam, quem é primo, enteado, irmao ,filho, etc etc´....

Anónimo disse...

Estou há 10 anos a trabalhar para um instituto do estado, a recibos verdes e com equiparação de condições e obrigações em relação aos colegas que têm contrato. Há uns 2 anos quando se começou a falar em despedimentos, os trabalhadores a recibos verdes - eramos cerca de 40 - juntámo-nos e pedimos um parecer a uma firma de advogados. O que nos foi dito é que caso fossemos despedidos tinhamos um ano para levar o caso a tribunal de trabalho, e uma vez que a nossa condição era completamente ilegal -tal como a vossa o é - as hipóteses de ganharmos o caso eram muito boas. A questão do trabalhador ter conhecimento de que ao fim de 3 anos consecutivos a recibos verdes, a entidade teria de estabelecer contrato parece-me completamente irrelevante para o tribunal de trabalho, já que ao trabalhador não é dada qualquer alternativa em relação às suas condições. Não cruzem os braços, é o meu conselho! Se o despedimento é certo, as consequências dele não são...