A deputada bloquista Mariana Aiveca afirmou esta manhã que há amas da Segurança Social a receberem notificações com ameaças de prisão se não pagarem o que devem à segurança social.
“É isto que tem a dizer em nome da ética social?”, questionou, no segundo dia de debate do Orçamento do Estado para 2012, dirigindo-se ao ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, e numa referência à expressão usada anteriormente pelo governante.
A deputada considerou a situação um “embuste dos recibos verdes”. “Agora notifica as pessoas a dizer que incorrem num crime de abuso de confiança se não pagarem a dívida, o que antes dizia ser um confisco”, disse Mariana Aiveca.
Depois de Pedro Mota Soares garantir que os visados são apenas as entidades patronais que retiveram as contribuições para a segurança social indevidamente, o BE anunciou a distribuição de documentos que “provam o contrário”. Numa intervenção seguinte, o ministro da Segurança Social afirmou que os documentos distribuídos comprovam o que disse. [As cartas] invocam o art (…) que se aplica exclusivamente às entidades empregadoras que retêm indevidamente as contribuições e prevê pena de prisão”, afirmou Mota Soares.
Durante o período de perguntas ao ministro da Solidariedade e Segurança Social, uma referência do deputado do PS Miguel Laranjeiro à ausência no Parlamento do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, levou o primeiro-ministro a pedir a palavra. Numa interpelação à mesa, Passos Coelho esclareceu que “não há nenhum ministro do Governo desaparecido” e que Paulo Portas acompanha o Presidente da República numa visita aos Estados Unidos.
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