Arquitecta anónima denuncia, arqueóloga anónima denuncia, professora anónima denuncia, fisioterapeuta anónimo denuncia, trabalhador das telecomunicações anónimo denuncia, trabalhador dos espectáculos e audiovisual anónimo denuncia, técnica de emprego anónima denuncia...
São muitos e muitas jovens, de todas as áreas laborais e, particularmente do Estado, que denunciam as suas dramáticas e tristes situações de vida vivida a recibo verde. São um número sem paralelo na Europa: mais de 850 mil pessoas.
Mas porque o fazem duma forma anónima?
Que medo é este que percorre de uma forma tão assustadora tantos e tantas jovens na sua maioria qualificadas, que os leva a não acreditarem nas estruturas fiscalizadoras do seu País, nos sindicatos e até muitas vezes nos seus amigos?
Que medo é este que lhes corrompe a alma destemida da juventude e, os coloca muitas vezes no mais vil dos silêncios?
Que medo é este que os faz quase que sentir-se culpados duma situação que lhes é simplesmente imposta?
Penso que esse medo reside e ganha corpo no absoluto estado de necessidade em que se encontram para poder sobreviver, não querendo, como recentemente li num testemunho, ter eternamente "paistrocinios".
Penso que esse medo é explicado pelo confronto com uma realidade cruel que gorou as expectativas de que aplicariam no trabalho os seus conhecimentos, e agora têm de aceitar o "que aparece".
Penso que esse medo é motivado também pela desilusão no Governo que nada faz para acarinhar a geração mais qualificada de sempre, pela revolta porque as inspecções não actuam contra os prevaricadores, pela falta de confiança que têm nos sindicatos, que acham que a sua situação é apenas transitória.
O que faz falta é que esse anonimato se comece a desconstruir, que as denúncias se multipliquem, que as solidariedades se consumem, que as vitórias se alcancem e sirvam para dar ânimo a novos enfrentamentos.
O que faz falta são exemplos como os dos jovens do programa Contra-Informação.
O que faz falta são iniciativas que tragam para a rua o escândalo, o rosto perverso da exploração de modelo novo.
O que faz falta é que mais movimentos surjam, andando pelos seus próprios pés, pensando com a sua cabeça, guiando o seu destino.
O que faz falta é que o País ferva, rompa com a moleza e o conformismo, crie cumplicidades multicores. O exemplo que veio de França contra o CPE demonstra bem como é possível.
Acho que o sinal de partida está dado por movimentos como o FERVE, os PRECÁRIOS INFLEXIVEIS, a ABIC, ou pelo MAY DAY.
E muitos, muitos outros surgirão certamente porque o País ferve e esta geração encontrará os caminhos que não a deixarão ficar "À Rasca".
São muitos e muitas jovens, de todas as áreas laborais e, particularmente do Estado, que denunciam as suas dramáticas e tristes situações de vida vivida a recibo verde. São um número sem paralelo na Europa: mais de 850 mil pessoas.
Mas porque o fazem duma forma anónima?
Que medo é este que percorre de uma forma tão assustadora tantos e tantas jovens na sua maioria qualificadas, que os leva a não acreditarem nas estruturas fiscalizadoras do seu País, nos sindicatos e até muitas vezes nos seus amigos?
Que medo é este que lhes corrompe a alma destemida da juventude e, os coloca muitas vezes no mais vil dos silêncios?
Que medo é este que os faz quase que sentir-se culpados duma situação que lhes é simplesmente imposta?
Penso que esse medo reside e ganha corpo no absoluto estado de necessidade em que se encontram para poder sobreviver, não querendo, como recentemente li num testemunho, ter eternamente "paistrocinios".
Penso que esse medo é explicado pelo confronto com uma realidade cruel que gorou as expectativas de que aplicariam no trabalho os seus conhecimentos, e agora têm de aceitar o "que aparece".
Penso que esse medo é motivado também pela desilusão no Governo que nada faz para acarinhar a geração mais qualificada de sempre, pela revolta porque as inspecções não actuam contra os prevaricadores, pela falta de confiança que têm nos sindicatos, que acham que a sua situação é apenas transitória.
O que faz falta é que esse anonimato se comece a desconstruir, que as denúncias se multipliquem, que as solidariedades se consumem, que as vitórias se alcancem e sirvam para dar ânimo a novos enfrentamentos.
O que faz falta são exemplos como os dos jovens do programa Contra-Informação.
O que faz falta são iniciativas que tragam para a rua o escândalo, o rosto perverso da exploração de modelo novo.
O que faz falta é que mais movimentos surjam, andando pelos seus próprios pés, pensando com a sua cabeça, guiando o seu destino.
O que faz falta é que o País ferva, rompa com a moleza e o conformismo, crie cumplicidades multicores. O exemplo que veio de França contra o CPE demonstra bem como é possível.
Acho que o sinal de partida está dado por movimentos como o FERVE, os PRECÁRIOS INFLEXIVEIS, a ABIC, ou pelo MAY DAY.
E muitos, muitos outros surgirão certamente porque o País ferve e esta geração encontrará os caminhos que não a deixarão ficar "À Rasca".
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