13 junho 2007

O FERVE não pára de ferver




Desde que criámos o FERVE, em Março passado, temo-nos deparado com dezenas de requisições, sejam elas, por parte dos meios de comunicção, sejam elas pessoas anónimas que nos perguntam coisas sobre o grupo de trabalho.

Quando o FERVE foi criado, não sabíamos que estávamos a tocar num ponto fundamental da vida da maioria dos jovens, que começam a sua vida laboral. Sabíamos, somente, que queríamos alterar a nossa condição contratual e aspirar a melhores condições de trabalho, para criar um país melhor, mais entusiasmado com a riqueza que produz. Sabíamos que estávamos a tocar na ferida, sabíamos também que iamos ser um pouco inconvenientes. Agora temos a certeza que é importantíssimo reclamarmos mais e melhores direitos.

Fartos d'Estes Recibos Verdes é uma frase, mas sobretudo uma expressão. Transporta em si um sentimento. Uma sensação por muitos vivida, mas por poucos partilhada. Somos cerca de 800 mil, os que passam "falsos" recibos verdes. Somos mais trabalhador@s a recibos verdes, que os colaborador@s das maiores empresas nacionais ou mesmo multinacionais. Se cada um de nós, em forma de protesto poupasse 151 Euros da Segurança Social, numa conta bancária, durante um mês dava: 120.800.000 Euros.

Como referia um jornalista que fez uma reportagem sobre o FERVE, "é necessário abrir a caixa de Pandora", que falemos desta tamanha injustiça, expressa aliás pelas centenas de testemunhos que recebemos na nossa caixa de email.

Esclarecimento final para dizer que não somos associação, mas vamos criá-la, porque sentimos que podemos actuar de forma mais abrangente neste tema importante da nossa sociedade: o trabalho e o valor que ele tem nos dias de hoje.

Fervemos mais e mais.
Juntem-se a nós!

Pelo FERVE
André Soares

3 comentários:

Unknown disse...

Embora não trabalhe a recibos verdes, pois já estou reformado, apoio incondicionalmente a v/ luta, até porque tenho 1 filha nessas condições a trabalhar num Ministério. VÃO EM FRENTE E FORÇA

moiroua disse...

A associação faz imensa falta. É preciso que o movimento cresça, para que muitos ganhem a coragem de lutarem pelos seus direitos. Estou ansiosa!

carla rocha gomes

tostamista disse...

Sim, já há algum tempo que pensava "É que nem nos podemos unir porque andamos espalhados por várias empresas, somos empresários "independentes", não é?". Mas com esta associação talvez consigamos qualquer coisa. Por que não uma greve? Ah, greve não, pois, senão não recebemos... Então, e uma manifestação pública???